segunda-feira, 12 de março de 2012

Itanhaense é o mais jovem da Baixada aprovado na Escola de Música de São Paulo





Com os olhos voltados para a partitura e as mãos ocupadas com o instrumento de sopro, Daniel Ribeiro de Souza de apenas 11 anos, faz uma demonstração da sua habilidade com o equipamento. O garoto está animado com o recente resultado que lhe rendeu o título de mais jovem da Baixada Santista a ser aprovado na Escola Municipal de Música de São Paulo, uma das instituições mais renomadas e concorridas de todo o Estado.




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Para conquistar a tão sonhada vaga, o menino de pouca idade não se deixou intimidar pelo desafio e trouxe para casa mais um feito. Não demorou e o resultado foi lançado no sistema, dando a vaga no curso de flauta transversal, após disputar com mais de 170 inscritos. A seleção foi feita por meio de uma prova prática individual, frente a uma banca examinadora. Daniel foi avaliado pelo professor Wilson Resende, que o classificou em primeiro lugar.



Paralelamente às aulas de instrumento, Daniel terá orientação teórica, além de história da música, música de câmara e outras disciplinas. O tempo de duração do curso é de sete anos e totalmente gratuito. “No dia da minha apresentação toquei sonata de Johann Sebastian Bach. Essa é uma nota difícil e para pessoas com mais experiência nesta área” comenta o garoto.



Daniel iniciou sua carreira tocando flauta doce, mas ao decorrer dos anos foi se interessando pela flauta transversal. Indagado se há diferença entre os estilos, o menino tem a resposta na ponta da língua. “A flauta doce é menor e o som dela é um pouco mais baixo, porém mais suave” explica.



INFÂNCIA - Os indícios de que seguiria carreira vieram ainda quando Daniel era muito pequeno, aos 4 anos. Nesse período, ganhou seu primeiro instrumento de sopro, a flauta doce. As aulas eram amadoras com o tio que o auxiliava em curtas e fáceis notas. Não demorou e a família percebeu que o pequeno Daniel levava jeito.



“Percebemos que Daniel era talentoso. Então, ele tinha que aprender da forma correta. Nós o matriculamos na Casa da Música e depois em aulas particulares em Peruíbe”, explica a mãe Luciana de Fátima Ribeiro Souza.



A facilidade em aprender as notas impressiona os professores. E isso foi visto quando Daniel teve sua primeira aula na Casa da Música de Itanhaém e depois em Peruíbe com a professora particular e uma das principais incentivadoras. “Foi daí que a professora teve a ideia de inscrever Daniel na escola”, conta a mãe.



APRESENTAÇÕES - Luciana relata que com os convites para as apresentações vieram as oportunidades: “Daniel sempre esteve adiantado nas aulas e consequentemente passou a se apresentar em vários lugares. Houve até um evento em que ele tocou para quase mil pessoas”, diz a mãe emocionada.



Isso mostra que pouca idade não é sinônimo de pouco trabalho. Daniel no auge dos seus 11 anos carrega na bagagem inúmeras apresentações. A começar em 2008, quando foi convidado a se apresentar com o grupo Cinco Companheiros, no Ilha Porchat Club, em São Vicente. Em 2009 e 2010, tocou em festas, casamentos, na Orquestra de Itanhaém, entre outros eventos.



TALENTO - Ribeiro não nasceu na casa de músicos, mas a aptidão pelo instrumento parecer ter vindo de berço. Até os mais experientes se empolgam ao ouvir o menino tocar música popular brasileira, clássica, chorinho e religiosa. O jovem pensa em se profissionalizar assim que concluir a escola de música. Desde pequeno já tem um objetivo: ser o mais jovem integrante da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (OSESP).



“É um sonho que pretendo realizar”, diz Daniel. A família apoia a iniciativa e o sonho do pequeno músico. “Levamos o Daniel a São Paulo com a ajuda dos familiares. Ele está empolgado com as aulas”, revela Luciana. A mãe acredita que a música foi uma das grandes colaboradoras para o bom comportamento do filho na escola. “Meu filho era agitado na escola e com a ajuda da música ele está mais calmo”.



A fama do pequeno músico corre na Cidade, chegando aos ouvidos de músicos de outras regiões. Para esse ano, Daniel foi convidado a gravar um CD com o maestro da Orquestra de Mato Grosso do Sul. O garoto se orgulha: “Fui apresentado a ele. Assim que me ouviu tocar, surgiu o convite. Quando toco em casa todos prestam atenção e o ambiente fica mais calmo. Esse é o resultado provocado pela música”, conclui Daniel.

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